Ayabás completa 15 anos de história

O Instituto da Mulher Negra do Piauí celebra quinze anos de existência!

Neste dia (6) de setembro o IMNP – Ayabas comemora 15 anos de resistencia no Piaui, a data será celebrada com um evento cultural, logo após a realização do Seminário Estadual de Mulheres Negra, no mesmo dia, que contará com a presença de representantes do movimento negro, indigena e quilombola do do estado.

Foto: Roberval Borges.

Um pouco da trajetória do IMNP- Ayabás

O Ayabas, instituto fundado em 6 de setembro de 2009, data que marca o Dia Estadual da Consciência Negra no Piauí – em homenagem a Esperança Garcia – com sede em Teresina, celebra 15 anos de história e celebra o fato de ser um dos maiores coletivos de mulheres do Nordeste e pela sua trajetória na luta por reparação.

Caracterizado como um movimento de mulheres negras, a entidade surgiu após uma panfletagem nas ruas do centro de Teresina. O pequeno grupo formado por representantes do movimento negro do estado viu a necessidade da criação de um movimento voltado para a mulher negra piauiense.

“Quando a gente se percebeu naquele dia, seis mulheres e um homem, era visível que maioria dos coletivos e grupos sociais eram liderados por mulheres negras, por que não criarmos uma entidade de mulheres negras?” Elucida, Halda Regina, cofundadora do Ayabás.

A partir desse momento, em uma reunião com mais de oitenta mulheres representantes de associações, sindicatos e demais grupos sociais, a ideia foi maturada para enfim ser fundado o Instituto da Mulher Negra do Piauí – Ayabás. O próprio nome “Ayabás” remete ao poder feminino, as grandes realezas, assim, incorporando ao grupo mais um atributo de força.

Há quinze anos o Ayabás vem participando e promovendo espaços de discussões e articulando com a comunidade os direitos da mulher negra na contexto piauiense. Projetos como “Enegrecendo Saberes” que são voltados para formação e capacitação de lideranças, todos ministrados por mulheres negras; oficinas em escolas do município de Teresina; Feira Preta, que conta com afroempreendedoras locais; projetos com comunidades quilombolas e terreiros de várias cidades, seminários voltados para saúde da população negra, entre outros.

“Dentro do IMNP, as atividades são voltadas para o fortalecimento das ações antirracistas, reuniões, planejamento de atividades, como também sensibilizar outras mulheres jovens para participar desse movimento de mulheres negras. Todas essas movimentações têm contribuído muito para minha identidade racial, para a continuidade da resistência da minha ancestralidade, tudo isso entra na minha necessidade de aquilombar pois não são dias fáceis” Reintera Carmen Letícia, que passou a integrar o Ayabás neste ano (2024).

Foto: Luna Santana.

Neste universo, o Ayabás celebra todos esses anos de gestação de sua participação politica social no Piauí, propondo a diversidade, luta por direitos e combate as opressões por meio da confluência de saberes de mulheres negras.

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