
O Instituto da Mulher Negra do Piaui (Ayabás) concluiu neste mês, a etapa de mobilização do projeto ”Fios da Ancestralidade”. Essa fase inicial foi dedicada ao diálogo com comunidades quilombolas, lideranças locais e terreiros, com o objetivo de engajar esses grupos nas atividades do projeto, que envolvem cuidados capilares, tranças e oficinas de turbantes voltadas à capacitação de mulheres para atuação no mercado de trabalho.
A mobilização teve como foco o reconhecimento dos territórios do Piauí e o mapeamento de ações já desenvolvidas nessas comunidades. A proposta é atualizar os conhecimentos existentes e impulsionar a profissionalização das mulheres a partir de saberes ancestrais e práticas tradicionais.
“Essa etapa foi essencial para entender a realidade dessas comunidades e engajar o maior número delas para participar desse projeto que não apenas capacita, mais também fala sobre honrar nossa ancestralidade”, destaca a organização do evento.
Na capital em Teresina, também houve mobilização em terreiros nas 3 zonas da cidade, dentre elas na zona sudeste no Terreiro São Jorge Guerreiro, na zona leste acontecido no Congá Pai Luiz, e na zona norte no terreiro Ilê Ase Opasoro Fadaka.
Com essa fase concluída, o Fios da Ancestralidade avança agora para a próxima etapa, a realização das atividades formativas e culturais, que incluem oficinas e palestrantes para as comunidades. A expectativa é que as atividades iniciem na segunda quinzena de julho.
A iniciativa reafirma o compromisso com a valorização da ancestralidade negra como fonte de conhecimento, resistência e identidade, promovendo o protagonismo de comunidades historicamente invisibializadas.