ayabás realiza roda de conversa sobre violência e mobilização para a marcha 2025 em timon-ma

O Instituto da Mulher Negra do Piauí (Ayabás) em parceria com o Coletivo Flores de Dandara, realizou na tarde desta sexta-feira uma roda de conversa com o tema ‘’Violência Contra as Mulheres e a Marcha de Mulheres Negras 2025’’. A atividade aconteceu no Centro de Formação prof Wall Ferraz, com a participação de diversas mulheres de movimentos sociais e educadoras do ensino público de Timon, e é uma iniciativa da ONG Criola do Rio de Janeiro.

Timon/MA


A roda de conversa objetivou uma conversa com diversas mulheres para discutir a violência de gênero e políticas públicas para lidar com essas questões dentro da realidade brasileira. O tema é um dos tópicos que serão abordados durante a construção da Marcha de Mulheres Negras do Piauí que acontecerá em novembro deste ano.
Atualmente mulheres negras são as mais afetadas por essa realidade tendo em vista que o racismo estrutural e a discriminação de gênero se somam aos fatores que levam ao feminicidio. A integrante do coletivo Ayabás, Halda Regina, enfatizou a relevância de abordar esse tema no contexto educacional como uma das estratégias para identificar qualquer tipo de violência contra a mulher. ‘’Quantas mulheres negras que não são violentadas nos seus lares, como trabalhadoras domésticas, em vários lugares onde a gente sempre passa por isso. Tem a questão social? Tem. Também tem essa questão social porque nós somos a população mais pobre desse país que são as mulheres negras.

Timon/MA.


De acordo com o relatório da Anistia Internacional, a escalada de violência contra as mulheres no Brasil é alarmante, dados mostram que 62% das mulheres vítimas de feminicídio no país são negras. ‘’Então não dá pra ficar pensando no desenvolvimento de um país que mata mulheres, que escravizam mulheres negras, vemos todos os dias na tv, quando abrimos nossas redes sociais, que têm aparecido casos de mulheres que ficam 30, 40 anos em trabalho escravo, precisamos mudar essa realidade, e a Marcha de Mulheres Negras em novembro vai levantar essa questão como pauta para a sociedade’’, completou

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